AMOR | NÓS

Hoje, sem nenhuma razão especial, sem nenhuma data importante para celebrar, apeteceu-me escrever sobre nós, sobre ti, sobre mim. Eu sei que eu nunca fui daquelas raparigas de acreditar em contos de fadas, em relações perfeitas, em felizes para sempre e eu também sei que nunca foste de acreditar que realmente podias ser feliz com alguém e hoje depois de ter relembrado o beijo forte e o abraço apertado de ontem como se o medo de me perder se tivesse apoderado de ti, eu decidi falar de nós. 
Eu nunca achei que a nossa relação iria ser assim, mas hoje , graças a ti, eu entendo o que é estar realmente numa relação. Entendo que uma relação é feita muito mais do que duns beijinhos e de respeito e de compreensão pelo outro. É o estar presente para a outra pessoa, mas estar mesmo. É o saber exatamente quando abraçar. É o saber ceder quando é necessário e também o saber-se ser teimoso. São as caretas inesperadas com beijinhos a seguir. É o saber que vou adormecer a ver os filmes mas mesmo assim vê-los comigo. É incluir-me nas tuas coisas mesmo sabendo que eu muito provavelmente não vou entender nada. É o comprares me arroz só porque sabes que adoro arroz e me faz feliz. São as conversas tardias. São os passeios longos só porque decidi que tenho de andar 30 minutos por dia. São os sorrisos partilhados e os olhares luminosos. É a dedicação para fazer o outro sentir-se bem. É o saber ouvir. É o ficar mesmo quando parece melhor ir. É o não desistir e não deixar desistir. É o apoio incondicional. É o acreditar no outro mesmo quando este não acredita em si mesmo. É o tentar de tudo para que o outro esteja bem. É o saber falar. São as brincadeiras parvas mas também necessárias. É o sentir que estas aqui depois de partilhar os meus receios. É o sentirmo-nos seguros. É o sentirmo-nos em casa quando estamos um com o outro. É o conhecermo-nos bem. É o respeito. É a cumplicidade. São as surpresas inesperadas que mesmo minimalistas fazem a diferença no nosso dia. É o carinho e também os miminhos. É o dizeres que sou mimada mas ainda me mimares mais. É o abraço forte para eu parar de chorar. É o dar a mão e sentir que tudo vai ficar bem. É o poder ser eu mesma contigo e tu me aceitares exatamente como sou. É o seres tu próprio comigo. É a honestidade. É o sermos nós.


Eu aprendi que por vezes é preciso sentir que nos perdemos para conseguirmos nos reencontrar.

LOOK | Apaixonei-me por rosa

Com o novo ano, temos tendência a criar listas escritas ou mentais do que queremos para o ano novo, sejam viagens, objetivos pessoais ou até mesmo do trabalho, a verdade é que todos acabamos por o fazer, mesmo que sejam objetivos pequeninos.
Este ano, eu espero que seja um ano melhor do que foi o ano passado e talvez por isso e por me sentir mais motivada, fiz uma lista enorme de objetivos que quero para este ano - porque sim, eu sou o tipo de pessoa que tem de fazer lista e tem de ir vendo a lista para não me esquecer e me motivar de novo -  e decidi esta semana (sim, só esta semana) começar a por alguns em prática e sinto-me muito motivada para continuar, apesar de ter que admitir que alguns estão a ser mais difíceis do que eu gostaria. Acho que temos de correr atrás do que queremos e lutar pela pessoa que queremos ser e hoje eu vejo tudo como uma aprendizagem, como mais um desafio que superei e é normal não correr tudo bem à primeira, o mais importante é não desistir.




Camisola - Zippy | Calças- Bershka | Botas - Leftis | Choker - Primark

Retrospetiva 2017

Eu queria conseguir descrever o meu ano de 2017, queria conseguir expressar tudo o que consegui viver e sentir neste que foi talvez dos piores anos da minha vida. 
2017 começou por ser um ano em que decidi que iria deixar de me sentir triste, em que conheci pessoas fantásticas e outras não tanto, em que decidi que ia lutar por mim e por tudo o que me fazia feliz, em que decidi que iria arriscar mais e deixar-me levar.
Foi um ano em que eu fui pela primeira vez a Portimão e a Montemor-O-Novo e eu não podia ter tido melhor companhia do que a que tive, porque sim, não importa que a pessoa já não esteja na minha vida, quando os momentos são bons, devemos agradecer por os ter vivido e isso foi algo que eu aprendi e que quero levar para a vida. Foi o ano em que arranjei o meu primeiro emprego e conheci pessoas tão queridas, que fui ver imensos filmes de animação na companhia das minhas sobrinhas, que voltei a fazer Krav Maga, que dei muitos passeios pela praia e me apercebi pelo amor que tenho em caminhadas à beira mar. Foi o ano em que li pouco, vi muitas séries e filmes e tentei aprender mais sobre os outros, sobre como lidar com as outras pessoas e também tentei aprender a compreender o lado das outras pessoas.
2017 foi um ano de poucas conquistas, foi um ano de muito trabalho, onde aproveitei menos do que gostaria o tempo que tinha para estar com as pessoas que gosto. Foi o ano em que mais pessoas entraram e saíram da minha vida e que eu consegui perceber que por vezes as pessoas só devem estar na nossa vida por um espaço de tempo e que não faz mal, que é normal elas irem embora. 
2017 vai ser sempre recordado para mim como o ano em que perdi o meu pai, o ano em que algo que eu nem pensava que iria acontecer tão cedo, aconteceu, e hoje ele já não está aqui mais para me fazer passar vergonhas no supermercado.
Chego ao final deste ano, meio perdida, e sem conseguir dar valor a todas as coisas boas que vivi, no entanto eu sei que fui feliz neste 2017, que houve dias maus, mas também houve dias em que a felicidade reinava, foi o ano em que eu tive de começar a aprender a lidar com situações diferentes e que fui forte, eu fui muito forte este ano e descobri em mim características que eu não achava possuir e por isso obrigada 2017, por tudo o que me fizeste passar de negativo, mas obrigada também por me teres feito tão feliz.